Mais Márcio

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Queria ter coragem
Para falar deste segredo
Queria poder declarar ao mundo
Este amor
Não me falta vontade
Não me falta desejo
Você é minha vontade
Meu maior desejo
Queria poder gritar
Esta loucura saudável
Que é estar em teus braços
Perdido pelos teus beijos
Sentindo-me louco de desejo
Queria recitar versos
Cantar aos quatros ventos
As palavras que brotam
Você é a inspiração
Minha motivação
Queria falar dos sonhos
Dizer os meus secretos desejos
Que é largar tudo
Para viver com você
Este inconfesso desejo

Carlos D. Andrade

Dinheiro! Necessidade obrigatória;
que nos obriga a ter para poder viver.
Mas é fácil comparar a humildade
de quem tem mais e quem tem menos.
Olhe nos olhos ou veja na pele o sofrimento.
Infelismente o dinheiro para alguns
deixa de ser um mero material,
e transforma-se em algo individual
torna-se como sangue, que poucos querem doar
para verem na vida outra vida se manifestar.
Realmente como diz um grande livro:
o amor de muitos iria esfriar;
e a ganância, do seu coração viria a se apossar.
Às vezes me deparo com dignos de pena,
pois sua alma que invenena
tenta o veneno me aplicar.
Mas é esse veneno que muitos tem
e querem em abundância.
Só quero o necessário,
para me livrar da ignorância;
buscar conhecimento
por cada canto do desconhecido,
sendo esse o alimento;
sabedoria eterna!

(Marcio Belém)

O Que Será

E todos os meus nervos estão a rogar
E todos os meus órgãos estão a clamar
E uma aflição medonha me faz implorar
O que não tem vergonha, nem nunca terá
O que não tem governo, nem nunca terá
O que não tem juízo

O que será que lhe dá
O que será meu nego, será que lhe dá
Que não lhe dá sossego, será que lhe dá
Será que o meu chamego quer me judiar
Será que isso são horas dele vadiar
Será que passa fora o resto do dia
Será que foi-se embora em má companhia
Será que essa criança quer me agoniar
Será que não se cansa de desafiar
O que não tem descanso, nem nunca terá
O que não tem cansaço, nem nunca terá
O que não tem limite

O que será que será
Que dá dentro da gente e que não devia
Que desacata a gente, que é revelia
Que é feito uma aguardente que não sacia
Que é feito estar doente de uma folia
Que nem dez mandamentos vão conciliar
Nem todos os ungüentos vão aliviar
Nem todos os quebrantos, toda alquimia
Que nem todos os santos, será que será
O que não tem governo, nem nunca terá
O que não tem vergonha, nem nunca terá
O que não tem juízo.

Chico Buarque

Eu não quero ver, mas ninguém chorar
deixando a solidão, seu coração tomar
 Não quero muito dinheiro
 pois eu sou pequeno, só quero viver
sem que me deem veneno.
Pois o que adianta viver com a riqueza
 de um bem quem só vem me machucar
 Só quero o necessário, menos que um salário
O fruto da videira
 perto da cachoeira
 Pois é na beleza
 de uma natureza
Onde quero estar
 onde vou morar
 onde vou viver e feliz morrer.

(Marcio Belém)

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